Druk (Another Round) // Análise
- Pedro Mendonça Santos
- 8 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
Realizador // Thomas Vinterberg
Ano // 2020
Género // Drama, Comédia
Classificação // 8:10
Estreia // Sem previsão
Links // Rotten Tomatoes * IMDb
‘Mads Mikkelsen está perfeito.’

Mads Mikkelsen é a cara familiar nesta nova produção da Dinamarca que tem sido bem recebido pela crítica em festivais internacionais e que será certamente defendido numa campanha na Academia para ser nomeado para a categoria de Melhor Filme Internacional.
2020 não foi um ano particularmente bem sucedido para o cinema mainstream e de grandes orçamentos, no entanto, o mesmo não se pode dizer que produções de médio-baixo orçamento e filmes internacionais. O ano retrasado teve boas exibições e ‘Another Round’ chega para disputar o pódio na próxima sessão dos Oscars.
Thomas Vinterberg apresenta a sua longa com título original ‘Druk’ que conta a história de quatro amigos e professores que se veem numa vida monótona e quase em modo de piloto automático. Confrontados com este facto, o psicólogo dos quarto amigos apresenta uma teoria defendida por um especialista: todo o ser humano nasce com uma défice de 0.05% de álcool no organismo. A partir daí os quatro amigos começam a colocar em prática um plano que envolve tentar reparar esse défice… o que acontece depois disso é spoiler.
‘Este filme não é um “The Hangover”... e ainda bem’
A premissa desta longa-metragem é interessante apenas pela abordagem de Thomas Vinterberg e da cultura dinamarquesa. Como é sabido, a cultura de consumo de álcool na Dinamarca (idade mínima para consumo é 16 anos) é bastante diferente da que se vê nos Estados Unidos (21 anos); então essa ideia de beber tem uma infuência cultural muito grande na abordagem do realizador neste filme.
Creio que é seguro dizer que histórias com abuso de álcool se forem contadas por uma perspectiva “hollywoodesca”, muito provavelmente irão envolver piadas grosseiras e de mau gosto; o assunto iria ser encarado com superficialidade, pouca seriedade e sem profundidade. Este filme com Mads Mikkelsen tem tudo menos essa intenção.

Definitivamente o ponto forte desta história é o ator da série cancelada “Hannibal” e o arco do seu personagem nesta longa. O realizador e escritor também apresenta aqui conceitos com respostas inevidentes e nos encaminha pelos quase 120 minutos sem sabermos muito bem por onde estamos a ir.
‘Druk (Another Round)’ será possivelmente um caso como ‘Minari’ e a exibição provavelmente só dependerá do tipo de reconhecimento que irá ter na sessão dos Oscars.
Mads Mikkelsen tem boas chances de uma nomeação para melhor ator principal, mas o vencedor será provavelmente Chadwick Boseman no seu último trabalho ‘Ma Rainey’s Black Bottom’, longa metragem com crítica aqui no site:
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